quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Divisórias separam os ambientes sem perder espaço

Veja como delimitar as áreas da casa e ainda ganhar praticidade na decoração

Quando a ideia é integrar espaços, as paredes são as primeiras a desaparecer dos ambientes da casa. Alguns locais, entretanto, acabam exigindo alguma privacidade e, é neste momento, que as divisórias surgem como um trunfo na decoração. Tais elementos não ocupam muito espaço – já que sua espessura é reduzida – e conseguem delimitar com facilidade diferentes áreas.

Confira 26 maneiras de delimitar os ambientes da sua casa:

No 'Studio Casa' da arquiteta Silvana Monte Rosa, a divisória de metal chama atenção por seu design irreverente.
A divisória do ‘Quarto do Casal’, desenhada por Carolina Magalhães e Tatiana Pandolfi, divide os ambientes sem isolá-los.
A ‘Suíte da Moça’, assinada por Christian Blum na Casa Cor Brasilia, conta com divisórias de vidro para delimitar o ambiente. 
Mais uma vez o vidro é usado para separar os ambientes. O escritório é assinado pelas arquitetas Virginia Reis e Bruna Figueiredo.
Um painel de bolhas delimita o espaço da sala de televisão no ambiente de Daniel Cavalcante e Nazaré Leão.
Assinada pelo arquiteto Marcelo Galo, a adega de 50 m² delimita o espaço do ambiente por meio de estrutura que lembra uma caixa de vinho.
A parede verde ao fundo ajuda a dividir o espaço assinado por Thais Donato.
Uma grade metálica foi o recurso usado para delimitar a área da sala de jantar. 
O ‘Loft Todimo’, planejado por Marcelo Villaça Epaminondas, conta com uma divisória para separar o quarto da sala de estar. 
O home do empresário, projetado por Júnior Piacesi para a Casa Cor Minas, usa a leveza do vidro na hora de separar o closet.
Que tal uma faixa de pedestre para separar o ambiente? Essa foi a solução encontrada pela arquiteta Bernadette Corrêa.
A sala de banho de Mariana Borges e Thaysa Godoy conta com a presença de uma divisória em madeira.
O ‘Loft Gourmet’ da arquiteta Luciana Savassi tem 64 m² e um banheiro com minijardim. A divisória de vidro foi um trunfo na decoração.
As estantes de madeira reforçaram a delimitação do ambiente assinado por Andrea Chicharo na Casa Cor RJ.
Divisórias vazadas deixam o espaço mais acolhedor e ainda garantem certa privacidade. 
A estante substitui uma parede e ainda pode ser aproveitada na decoração. Gostou da ideia?
Até mesmo os móveis podem delimitar ambientes. No living de Hélio Albuquerque e Sônia Peres, a chaise recebeu a função de 'divisória'. 
Portas de correr separam o estúdio de 32,40 m² assinado por Danielle Sabino na Morar Mais por Menos RJ. 
Estruturas metálicas estão em alta e oferecem beleza à decoração dos ambientes da casa. 
Uma estante de madeira ajuda a delimitar o ambiente da Casa Cor Brasília.
O painel de vidro foi instalado atrás da cama para deixar o 'Quarto do Aviador' mais delimitado.
O tapete é o elemento que divide os ambientes do loft assinado por Otto Brill e Rebeca Maaldi na Casa Cor Brasília.
A divisória metálica aparece mais uma vez dividindo o espaço com harmonia e leveza.
Diferentes tipos de texturas na parede também funcionam na hora de dividir os espaços. 
A estrutura em madeira elimina a necessidade de paredes e permite maior visibilidade ao espaço.
Divisórias vazadas foram destaque nos ambientes da Casa Cor Brasília.

Madeira, concreto, ferro, aço e alumínio (além de outros materiais metálicos) são opções bastante usadas na hora de escolher a divisória ideal. “ Decorações clássicas pedem desde elementos revestidos em couro ou tecido até painéis de madeira”, afirma Tatiana Simão, professora de design de interiores do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. “Para estilos modernos, uma opção é o vidro (de oito a 10 centímetros de espessura) que tem resistência e um visual interessante”, diz.
No caso de ambientes privativos a melhor opção é a divisória vazada. “Elas dividem sem isolar por completo, trazem leveza na medida certa e ainda oferecem privacidade em locais como closets e escritórios”, afirma Tatiana. Áreas externas também podem receber divisórias, mas o ideal é evitar materiais de baixa resistência como papelão e gesso acartonado. Ainda na ideia de não perder espaço, dá para usar móveis (poltronas e pufes) e até mesmo pisos com acabamentos diferentes para delimitar as áreas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Casa Cor Rio de Janeiro 2012


Em um palacete da década de 1920, cerca de 80 profissionais criam ambientes de estilos diversos repletos de boas ideias


Um verdadeiro palacete, original de 1922, com arquitetura tombada e lotado de detalhes que revelam uma rara suntuosidade, é a sede da 22ª edição do evento. Em 4 milm2 de área construída, divididos em 52 ambientes, cerca de 80 profissionais mostraram que é possível renovar com estilo, mas sem apagar as marcas do tempo. Aqui, passado, presente e futuro convivem em harmonia.

Lobby/recepção. Paredes rosa-choque contrastam com os elementos antigos, originais do imóvel, no ambiente do arquiteto Pedro Paranaguá. O sofá italiano, montado com módulos baixos e soltos, reafirmam o toque contemporâneo. As luminárias Wave, da italiana Foscarini, trazem movimento para o teto alto, mantido com vigamento aparente. Com forma orgânica, a escultura de Gabriela Maciel arremata a decoração.

Business center. A mesa francesa antiga, cercada por poltronas, domina o espaço, que não oculta a bela arquitetura de época. “Recuperamos o piso de madeira, as sancas e a alvenaria de tijolos maciços”, conta a arquiteta Julia Abreu, que assina o ambiente em parceria com Marcia Müller. Na parede, o revestimento traz uma textura de camurça aveludada e cria a base para um gracioso conjunto de lousas de diferentes tamanhos. “Uma área corporativa pode ser aconchegante.”

Relax room. Como tornar um ambiente especialmente relaxante? As arquitetas Paula Costa e Patricia Bicaco apostaram em iluminação cênica, tons claros e conforto nas chaises montadas com futons sobre um tatame de mármore que parece flutuar. “Preservamos o piso de madeira original e o pé-direito duplo”, conta Paula, que emoldurou as janelas com prateleiras de laca e fundo de papel que leva toque da palha. A luminária depé Lift, de Fernando Prado, traz uma agradável luz indireta.

Apartamento da decoradora. Solange Medina afirma ter desenhado cada detalhe inspirada em si mesma, já que a personagem do ambiente é uma decoradora. “Tem luxos e conforto, como gostaria de encontrar nos hotéis em que me hospedo”, brinca. Mesclando tons de cáqui e pitadas de verde-limão nos tecidos, ela apostou em uma base branca elegante, com papel de parede da belga Omexco e tapete com leves grafismos no piso dos 52 m2.

Flat do jornalista. Embaixo ficam living e copa, equipados com sofá de lona crua e móveis de vidro preto. O mezanino, que recebeu piso revestido de vidro, deu origem ao quarto com mobiliário assinado por Sergio Rodrigues, inspirador do arquiteto Caco Borges ao projetar este flat baseado no estilo pop dos anos 1960. “Optei pela transparência no chão para reforçar a integração dos pavimentos”, explica o arquiteto. As paredes exibem amostras de feras da arte moderna: Andy Warhol, Rubens Gerchman, Roy Lichtenstein, Antonio Dias e Damien Hirst

Apartamento carioca. O teto de concreto aparente foi parcialmente rebaixado com gesso e ganhou uma faixa amarela que define o espaço da cama de dossel. No piso, o tapete de retalhos de kilim traz um toque artesanal para o ambiente dos arquitetos Alexandre Lobo e Fabio Cardoso, que tem ainda o banco Andy, assinado por Flavio Borsato e Mauricio Lamosa, feito de réguas de diferentes larguras e tonalidades. No lugar de criados-mudos, ficam o tambor metálico, customizado pelo artista Jaka Red, e a cômoda de madeira Guaimbê, de Paulo Alves.

Estúdio I. Compacto e bem resolvido, o loft da arquiteta Paloma Yamagata surpreende com uma marcenaria cheia de ideias, como o aproveitamento do pé-direito alto para um mezanino que abriga a suíte. Espelhos forram as paredes laterais e a paleta de cores nos tons de azul, cinza, marrom e preto garante elegância. A estante de laca branca e fundo de mármore com acabamento wave, ligeiramente enrugado, exibe objetos organizados graciosamente; inclusive um bar informal. 
Sala de convivência. No foyer próximo à escada, iluminado por janelões voltados para a rua, a sala da arquiteta Andrea Chicharo é leve e convidativa. Duas elegantes chaises Young, de Etel Carmona, acompanham as mesinhas Jardim, semelhantes a esculturas lúdicas, assinadas por Jader Almeida. Uma delicada tela metálica, junto a um painel flutuante de madeira, cobre a parede. A composição das estantes Malabar, de Gustavo Martinez, funciona como um biombo e deixa o espaço reservado.

Varanda. “Desenhei esculturas com vida”, diz a paisagista Maritza de Orleans e Bragança ao se referir às instalações de aço corten e totens de madeira, repletas de samambaias, orquídeas, bromélias e aspargos, que dão o tom da sua varanda. Compondo pequenos e relaxantes ambientes de estar a céu aberto, sofás e poltronas com base de madeira maciça e assento de lona impermeável ganharam almofadas com pinturas de Lelli de Orleans e Bragança que retratam a natureza carioca. O piso original, de mosaico de pastilhas, foi mantido.

Estúdio do estilista. O mix entre materiais rústicos e luxuosos é a tônica deste espaço, um loft criado pelas arquitetas Gabriela Eloy e Carolina Travaglini para uma jovem ligada ao universo da moda. Na parede, o toque áspero das pedras dá lugar a uma faixa de espelho junto à cabeceira da cama e outra revestida com a suavidade do linho bege. Duas peças inusitadas saltam aos olhos: o manequim de ferro que serve de cabideiro e a hélice de ventilador, com seu traço gráfico, assumindo o papel de obra de arte.

Apartamento dos filhos. A arquiteta Marise Marini criou no espaço de 32 m2 um loft descontraído para um casal de filhos adolescentes. O living apresenta papel de parede tingido com uma paisagem urbana e móveis de design consagrado, como a mesa Tulipa, de Eero Saarinen, e as cadeiras Masters, de Philippe Starck. Compõem ainda o espaço peças de Maria Candida Machado, como o sofá que serve de cama de hóspedes. Na iluminação, pendente Hippo, do francês A+A Cooren Design Studio.

Hostel boutique. Despojado, sim, mas com charme. Essa foi a ideia do hostel desenhado em 45 m2 pela arquiteta Patrícia Fiúza, que forrou a parede com mosaico de ripas de madeira da Oca Brasil e usou laca vermelha e cinza na marcenaria. “A inspiração da estante veio do grafismo de Mondrian”, diz. Para o estar, escolheu mesa e cadeiras de Jader Almeida, evidenciando o conceito de privilegiar o design made in Brasil. “É um espaço com sotaque carioca para receber estrangeiros”, brinca.

Atelier do designer. Aqui o homenageado é o célebre Sergio Rodrigues, que cedeu peças de seu acervo para o espaço, como o cachorro que enfeita o piso e o boneco na mesa, réplica de um retrato seu. “Reunimos um pouco do universo delel”, diz a arquiteta Dani Parreira, autora do ambiente com a sócia, Flavia Santoro. A mesa de trabalho (Burton, de 1958), desenho do mestre, foi cercada de cadeiras Fernando e Menna (originais de 1978). Nas paredes, réguas de madeira se juntam aos tons de cinza do papel que imita cimento queimado. No mezanino, poltrona Mole, de freijó e couro bege.

Apartamento da fotógrafa. Quarto e sala ganharam forração de réguas de pínus de reflorestamento, no projeto da arquiteta Adriana Valle e da designer de interiores Patricia Carvalho. O sofá assinado por Claudia Moreira Salles ganhou almofada da grife do inglês Paul Smith e, nos objetos, o vermelho dá graça. Ideia bacana: o espelho revestindo a parte mais baixa da estante.

Suíte do hóspede. O arquiteto Guilherme Osborne imaginou a suíte para um casal de estilistas cosmopolita e exigente. O papel de parede com estampa geométrica desenha o fundo para a colcha de linho da Ralph Lauren. Outros detalhes que valorizam o ambiente são o tapete importado (Rug Revolution) e o simpático gaveteiro redondo. Na parede, fotos de Cristina Bahiense. O piso vinílico fosco (Acquafloor) e o revestimento de madeira escura brilhante nas paredes reforçam o ar requintado.

Loja da casa. Idealizado para expor os produtos da grife Casa Cor, o ambiente traduz a elegância e o glamour dos anos 1920. A inspiração na estética art déco fica evidente no pendente de acrílico, garimpado em um antiquário, e nas estantes de madeira ebanizada fosca, desenho dos arquitetos Juliana Vasconcellos, Carlos Maia e Mateus Amanthea, que assinam o espaço. A mesa Platner, peça central, apoia o vaso de vidro murano azul-turquesa, único objeto com cor vistosa.

Joalheria. Dividido em lounge e área de atendimento, o espaço dos designers de interiores Mariana Dornelles, Fillipi Sartori e Luciana Arnaud homenageia a estilista Coco Chanel e faz referência à sua coleção de joias. O pendente de cristal remete ao clima retrô que permeia o ambiente. A pintura de Brigida Murtas cobre uma das paredes como uma obra de arte sobre o sofá turquesa Less, de Mauricio Lamosa. Os adornos do tapete Construtivo, desenhado pela carioca Regina Kato, acompanham a escultura geométrica de Ana Holck.

Estúdio high tech. Os arquitetos Fábio Bouillet e Rodrigo Jorge tiraram partido do generoso pé-direito para criar um mezanino e instalar a cama do jovem morador. A atmosfera é de informalidade. No estar, o mobiliário tem a companhia da luminária Twiggy, criada por Marc Sadler. Detalhe invisível, porém sofisticado: o estúdio, de 17 m2, possui sistema recém-lançado de automação que controla iluminação, cortinas e televisões pelo iPad.

Loft + rio. O arquiteto Luiz Fernando Grabowsky idealizou seu espaço, misto de sala de estar, escritório e suíte, baseado em um morador sofisticado e versátil. A estante empilha módulos de diferentes tamanhos e acabamentos, como o padrão rovere (imita o tipo da madeira), no fundo, e a laca com brilho laranja e azul-marinho. Na cozinha, os azulejos da linha Vila Madá, da Portobello, exibem um mix de estampas. Os bancosPhilips, de Jader Almeida, se alinham à banca de Corian.

Lavanderia. O piso é de porcelanato de alta resistência; o mobiliário, de melamina e laca colorida. Mas a maior atração desta prática lavanderia é o papel de parede estampado com fechos, de autoria da arquiteta Claudia Pimenta e da designer de interiores Patricia Franco. “Fugimos do branco”, diz Claudia. A tábua de passar forrada com tecido de algodão pode ser escondida sob a bancada de Caesarstone, pedra sintéticarecém-lançada cuja textura parece a de uma renda.

Home office. O tom predominante no ambiente é o cinza, que está no papel de parede de textura metalizada e nas cortinas de seda, além do tapete de retalhos de kilim. Mas os arquitetos Ana Lila Denton e Juarez Farias Jr. investiram também no turquesa, presente em dose dupla nas telas de Nando Chagas. O sofá leva a assinatura dos designers Marcus e Rodrigo Ferreira. “A iluminação, com pendente de estilo industrial e luz focada,é um projeto em parceria com Maneco Quinderé”, diz Ana.

SPA Deca. O piso de mármore tunisiano se inclina e vira uma rampa onde foram esculpidas espreguiçadeiras e um nicho para velas e livros. A criatividade sobressaiu na cartilha do arquiteto Miguel Pinto Guimarães. Ele tambem desenhou um pergolado de concreto que parece uma renda, em parceria com o artista plástico Mario Sérgio Benicio. Entre os objetos de decoração, almofadas da italiana Lisa Corti e cerâmicas de Alice Felzenszwalb dão toques de cor junto ao paisagismo vertical na parede de fundo. Luminárias italianas Tolomeo, nas laterais, focam apenas o essencial.

SPA Deca. O piso de mármore tunisiano se inclina e vira uma rampa onde foram esculpidas espreguiçadeiras e um nicho para velas e livros. A criatividade sobressaiu na cartilha do arquiteto Miguel Pinto Guimarães. Ele tambem desenhou um pergolado de concreto que parece uma renda, em parceria com o artista plástico Mario Sérgio Benicio. Entre os objetos de decoração, almofadas da italiana Lisa Corti e cerâmicas de Alice Felzenszwalb dão toques de cor junto ao paisagismo vertical na parede de fundo. Luminárias italianas Tolomeo, nas laterais, focam apenas o essencial.

Sala de jogos. Será que é um fusca de verdade? Os arquitetos Carlos Murdoch, Georgia Mantovani e Luciana Sodré brincaram com as referências estéticas das décadas de 1960 e 70 nesta sala de jogos com atrativos para todas as idades. Por isso, reproduziram em gesso o modelo do famoso carro da Volkswagen e o embutiram entre as janelas. O mobiliário reflete um tom moderno e colorido, com o aparador de Silestone vermelho-ferrari e a mesa Tulipa, cercada por cadeiras Steelwood.

Estúdio do chef. Quase tudo azul no loft feito sob medida para um gourmet, assinado pelo arquiteto Thoni Litsz. Aqui, cozinha e quarto são divididos pela bancada ladeada por banquetas Bossa, de Jader Almeida. A cerâmica portuguesa da marca Kerion reveste a área molhada, que tem armários modulados no mesmo tom do balcão: azul! Um canto de leitura foi definido com painel de madeira de demolição próprio para acomodar livros.

Beauty center. Um degrau divide o espaço projetado pelas arquitetas Sophia Galvão e Bianca da Hora em dois ambientes. De um lado, espelhos flutuantes presos ao teto com cabos de aço auxiliam nos cuidados à aparência dos clientes. Do outro, o piso frio de porcelanato apoia expositores de vidro acetato e madeira. O rebaixo no teto, em parte revestido de laminado de madeira na cor avelã, reforça a separação informal das duas áreas. “Buscamos criar um clima zen, com tons neutros e texturas naturais”, explica Sophia.

Cozinha. Laranja e off-white foram as escolhas das arquitetas Lia Lamego e Fernanda Mancini para tingir os quatro cantos de sua cozinha. A concepção do projeto foi baseada em praticidade. O piso de porcelanato ganhou revestimento de textura rústica, em contraste com a suavidade da bancada de vidro, no mesmo tom. Um recorte no teto fornece iluminação. Spots foram alinhados à estante de laca bege – afinal, para mestres-cucas, é fundamental ter um livro de receitas à mão.

Foyer do brigadeiro. Como não podiam interferir na arquitetura tombada do casarão, as arquitetas Carolina Escada e Patricia Landau criaram um pergolado de ferro azul que anuncia a entrada para a loja de brigadeiros. Presa a essa estrutura, vê-se a poltrona pendente de lona azul, desenho da dupla em parceria com Isabela Vecci. Para degustar os docinhos de Fabiana D’Ângelo, mesinhas redondas de madeira foram cercadas pelas clássicas cadeiras Platner forradas com sarja no tom verde-cítrico.

Laboratório gourmet. Tons terrosos predominam no ambiente de 30 m2 assinado pelo arquiteto Duda Porto. A mesa Canavial, lançamento do designer Roque Frizzo, é a peça que conecta as áreas de trabalho e degustação. Uma composição com 12 pendentes flutuantes da marca italiana Bocci acrescenta charme ao espaço de sotaque rústico. Nas paredes foram aplicadas lajotas de cerâmica que imitam tijolos e um painel de freijó escuro. Fotos de apetitodsas iguarias gastronômicas alegram a área.

Estúdio sustentável. Para maior aproveitamento do espaço, o ambiente de 16 m² foi dividido em três níveis: o mais baixo manteve o piso original de tábuas; acima dele, há tapete, futon de seda e almofadas de lona; no patamar mais alto, carpete listrado onde ficam bancada de escritório e cama. Como o mote é sustentabilidade, a arquiteta Leila Dionizios emoldurou a cabeceira com madeira reaproveitada de antigos caixotes. Ao lado, mãos-francesas de aço corten apoiam arranjos de sempre-viva e dão ar feminino ao ambiente

Estúdio sustentável. Para maior aproveitamento do espaço, o ambiente de 16 m² foi dividido em três níveis: o mais baixo manteve o piso original de tábuas; acima dele, há tapete, futon de seda e almofadas de lona; no patamar mais alto, carpete listrado onde ficam bancada de escritório e cama. Como o mote é sustentabilidade, a arquiteta Leila Dionizios emoldurou a cabeceira com madeira reaproveitada de antigos caixotes. Ao lado, mãos-francesas de aço corten apoiam arranjos de sempre-viva e dão ar feminino ao ambiente

Estúdio do marchand. Um colecionador de arte que expõe seu acervo no espaço de 50 m2, onde vive. Com esse personagem na cabeça, os arquitetos Mario Santos, Eliane Amarante e Denise Niemeyer desenharam uma atmosfera sóbria, composta de paredes cobertas por lâminas de madeira pau-ferro e papel vinílico que reproduz a textura do aço corten. Sobressaem obras de Burle Marx e vasos de diferentes formatos. Para dar uma nota descontraída ao espaço, quadros e livros se avolumam pelo piso estampado. “A bagunça é proposital”, avisa Mario.

Sala de almoço. O espaço de 14 m2 ganhou amplitude com a parede de espelho que ladeia a mesa. A arquiteta Jacira Pinheiro investiu na combinação entre o tom mel da madeira de demolição, presente no mobiliário e no fundo da estante, e o branco acetinado do acabamento de laca. Toques de azul salpicam as almofadas. Fotos homenageiam a Cidade Maravilhosa.

Lounge de informações. O homenageado deste espaço é o representante da arquiteto desconstrutivista Frank Gehry. Por isso, os arquitetos Bernardo Schor e Rogerio Antunes criaram relevos de gesso para revestir teto e paredes. Junto às janelas, chapas de alumínio reforçam o clima industrial. “É um projeto arrojado, mas em harmonia com a arquitetura clássica da casa”, diz Schor. O mobiliário se distribui de forma assimétrica, com poltronas, mesas e pufes que combinam couro, aço inox e tecido.

Flash back bar. Música é o tema do bar jovial criado pelos arquitetos Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida. “O cliente escolhe o que deseja ouvir”, diz Beto. A opção pelo tom escuro veio a calhar com a proposta de um clima intimista. Sofás de ultrasuede estonado com capitonês foram desenhados pela dupla, que fez questão de um tapete, ao estilo de um pub inglês.

Sala de leitura. O sofá Mole, de Sergio Rodrigues, faz par com o modelo de linhas retas criado por Maria Candida Machado. Eles compõem o elegante living elaborado pela dupla de arquitetas Cristina Bezamat e Laura Bezamat. A tela de Talita Zaragoza desenha o painel branco com suavidade. O piso ganhou placas de mármore italiano calacatta e, como uma peça de arte, a luminária Pompon, de alumínio com recorte a laser, obra da designer Nika Zupanc (lancamento da La Lampe).

Lounge. A sacada, neste caso, foi o teto rebaixado com espelho que reflete os janelões abertos para o verde e torna o ambiente idealizado pela arquiteta Paula Neder ainda mais imponente e convidativo. Na paleta de cores, o off-white e os cinzas predominam: estão presentes nos sofás Boxer, de Marcus Ferreira, de linho, e no mix de almofadas. O tapete de fibra natural fendi delimita o living, que tem ainda mesa de centro alinhandocarrinhos de metal com rodízios e vasos de cerâmica assinados por Denise Stewart. A luminária Force, da designer Nika Zupanc, com 90 cm de diâmetro, reina absoluta.

Loft master. O maior espaço da mostra, com 180 m2, terá um estúdio de TV de verdade e um living que abriga um sofá de 3 m de comprimento, ladeado por luminárias (Dimlux) de ar retrô. O escritório PN, da arquiteta Paula Neder, optou por forrar a parede com um papel inglês (Kaleido) levemente desenhado. “A ideia foi seguir uma proposta despojada ao misturar peças de diferentes estilos, sem preconceitos”, diz Paula.

Sala interativa. Reaproveitamento foi a palavra de ordem para Tiana Meggiolaro e Bia Lynch montarem o ambiente com paredes que deixam à mostra os tijolos maciços do casarão. “Nos baseamos no conceito de upcycling e demos nova função para os paletes, estruturas de madeira usadas em transporte de carga que viraram estante e bancada”, explica Tiana. A cadeira Tolix, francesa, as luminárias vermelhas as pinceladasazuis (Sunivil Lago Profundo) imprimem marca jovial.

Banheiro público. Um vestido adesivado na porta não deixa dúvidas: o espaço é de mulheres. Mas a arquiteta Ketlein Amorim foi além e caprichou em outros elementos femininos: paredes com papel estampado com pétalas de rosas e uma vistosa bancada vermelha. Na iluminação, a calha com luz fria, recortada no teto, ajuda no retoque da maquiagem; os pendentes italianos Lumi Poga, da Fabbian, sofisticam o ambiente.

Pátios internos. Os jardins do pátio interno ganharam palmeiras e bambus de caule negro, espécies de grandes dimensões que combinam com o casarão. “Uma vegetação baixa sumiria junto a essa arquitetura imponente”, explica a paisagista Anna Luiza Rothier. O espaço conta com deques de madeira que abrigam mesas e poltronas de fibra resistentes às áreas externas. “As paredes, deixei como as encontrei, pintadas pela pátina do tempo”, completa a profissional

Pátios internos. Os jardins do pátio interno ganharam palmeiras e bambus de caule negro, espécies de grandes dimensões que combinam com o casarão. “Uma vegetação baixa sumiria junto a essa arquitetura imponente”, explica a paisagista Anna Luiza Rothier. O espaço conta com deques de madeira que abrigam mesas e poltronas de fibra resistentes às áreas externas. “As paredes, deixei como as encontrei, pintadas pela pátina do tempo”, completa a profissional

Estar gourmet. O hall do terceiro andar do casarão virou um living de estilo industrial, com a assinatura dos arquitetos Alexandre Gedeon e Hugo Schwartz. Neste cenário, tudo fica exposto: os dutos de eletricidade, os tijolos e o madeiramento do telhado. A arte do grafiteiro Toz está presente no painel central e em esculturas. Sofás e mesas laterais foram dispostos de forma descontraída. “Queremos que o público se sinta à vontade para se sentar e perceber os detalhes.”

Restaurante. Na parede com papel que imita a textura de aço corten, a arquiteta Ângela Leite Barbosa montou uma instalação que mistura cadeiras antigas e modernas, pontuada por uma iluminação com spots direcionados que, segundo ela, ajudam a quebrar a frieza do pé-direito alto. No piso, o assunto é design contemporâneo com móveis assinados por Aristeu Pires e um grande futon verde-cítrico, a cor da moda.

Livraria. A estante montada com calhas finas de imbuia deixa à mostra livros que funcionam como um revestimento informal da parede da livraria que a dupla de arquitetas Mônica Camargo e Sandra Babini criou. No piso há um inspirador tapete estampado com palavras. Forrando o teto e as paredes, o papel de tom azul-marinho traz a sensação de infinito, reforçada pelos pendentes desenhados por Sandra, inspirados na forma e no brilho das estrelas.

Armazém e café Sebrae. Projetado pela Movimento Arquitetura, dos sócios Diego Uribbe, Duke Capellão e Rodrigo Kalache, o ambiente traz um enorme painel de azulejos do Coletivo Muda. No teto, os recortes se repetem em madeira e criam uma trama triangular por onde passam focos de luz. “Valorizamos a brasilidade em todos os elementos”, explica Duke. Fiéis a esse conceito, escolheram mesas e cadeiras de Paulo Alves, JaderAlmeida, Carlos Motta, Aristeu Pires e Arthur Casas.

Banheiro público. As designers de interiores Raquel Carvalho e Natália Alves buscaram no universo da moda inspiração para a estampa dos azulejos que revestem as paredes e variam de cor em cada cabine (criação da designer Carine Canavesi). A luminária Apoena, com cúpula de trama de cetim cobre, surge como homenagem às tramas artesanais dos estilistas Oskar Metsavaht e Isabela Capeto. Uma cortina de correntes de metal separa a área dos lavatórios da sala de espera.

Mercearia da casa. O cenógrafo Edgard Octávio assina um armazém inspirado nas saudosas mercearias. Com apenas 12 m2, o espaço tem armários antigos de madeira, mesa e balcão em estilo provençal. Nas paredes, o papel desenha listras suaves em preto e branco. “Não mexi nas esquadrias originais; estão detonadas e lindas”, avisa. Estarão à venda produtos importados como massas, azeites, presuntos e vinhos. “É uma lojasofisticada, voltada para gourmets. Busquei inspiração na arquitetura francesa do início do século passado”, diz Octávio.

Loja Casa Cor. O grande aparador, desenhado com marchetaria, ocupa a área central do espaço projetado pela arquiteta Clara Madalon para expor as peças dos artesãos da obra social O Sol. “A forma é de um estojo de lápis e o tampo traz painéis deslizantes que embutem gavetas”, conta ela, autora também dos totens que guardam esculturas. No centro, impõe-se o lustre de aço inox do designer holandês Raimond Puts.

Cocktail bar. Craque em misturar peças de diferentes épocas e estilos, a designer de interiores Paola Ribeiro projetou com cáqui, cinza e preto o ambiente intimista deste bar de hotel europeu. Entre os destaques, sofá Chesterfield de couro com almofadas de veludo, castiçais de pé criados pela arquiteta e kilim com contono orgânico. As obras de arte têm traço contemporâneo, como a Madonna estilizada de Thomas Baccaro ao ladoda tela de Nelson Leirner que imita uma estante.

Lounge do hoteL. Uma composição equilibrada entre peças de estilos diversos marca o lounge. A arquiteta Gisele Taranto deixou à mostra imperfeições de piso, paredes e esquadrias como forma de resgatar a memória do casarão. Destaque para a parede de livros que parecem tijolos, detalhe irreverente feito por ela, inspirado nos trabalhos do alemão Hubertus Gojowczyk. O espaço reúne também peças de arte selecionadas pela curadora Mara Fainziliber. Iluminação de Maneco Quinderé.

Snack bar. Divertido e jovial, traz um bem dosado mix: a base rústica se faz presente no piso de ladrilhos hidráulicos e nas paredes de tijolos. As banquetas de laca amarela, vermelha e laranja foram desenhadas pela arquiteta Andressa Almeida, autora do projeto do ambiente. Os pendentes em alturas irregulares assinados por Fernando Prado também vão de cores quentes. Poltronas confortáveis atraem para degustar sem pressa as delícias preparadas pelo chef Ecio Cordeiro de Mello.

 Fonte: casa.com.br