É no escritório que passamos boa parte de nosso dia, seja em casa ou em empresas. Por isso, é essencial que esse ambiente seja minimamente confortável e boa parte dessa sensação começa pela luz ideal, que dará aquela mãozinha para que as tarefas sejam executadas com eficiência sem se tornarem cansativas. Planejar a iluminação de um escritório ou home office não é tarefa das mais simples. Por isso, convidamos três especialistas no assunto, que darão dicas de como torná-la mais assertiva. Confira!
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Lâmpada ideal: a escolha desse acessório depende,
primeiramente, do orçamento disponível. Segundo Alexandre Giovanetti,
consultor de iluminação da Sylvania Iluminação, as lâmpadas mais
eficientes – medição que leva em consideração o quanto de energia se
gasta para gerar luz – são, respectivamente, as de LED e as
fluorescentes. “Em termos de custo unitário, a fluorescente é mais
acessível, mas a longo prazo a LED é mais viável, porque é mais
resistente e demanda menos manutenção, já sua vida útil é de duas vezes e
meia a três vezes maior do que a fluorescente”, afirma. |
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Temperatura da cor: Certamente, você já
reparou que algumas lâmpadas são mais amareladas, enquanto outras
possuem coloração azulada, mais próxima ao branco. Isso é a temperatura
da cor, que é medida em graus Kelvin. Para escritórios em ambientes
corporativos, costuma-se optar por lâmpadas com cores mais azuladas e
brancas. “As cores frias [de 4000 a 5000K] sugerem dinamismo e criam
percepções humanas de rapidez e produtividade, ao contrário das de cores
quentes [aproximadamente 2700K], que sugerem aconchego ao ambiente”,
justifica Vanessa Cassol, arquiteta especialista em iluminação, de
Palmas (TO). “Ao contrário do que se pensa, as lâmpadas com maior
temperatura em Kelvins são as que dão sensação mais fria”, completa
Osires Abreu, arquiteto
especializado em luminotecnia da Osires & Rommel Arquitetura, em
Fortaleza (CE). No entanto, a recomendação para home offices é misturar
as duas temperaturas, ou seja, utilizar uma lâmpada de luz fria na mesa
de trabalho e, no resto dos ambientes, luzes mais quentes, por volta de
3000K. |
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Cor das paredes: a escolha da tinta ou papel de parede
também influencia na hora de planejar a iluminação. “Teoricamente, um
espaço todo branco é mais eficiente que o preto. Quanto mais cor
existir, menor a recepção da luz”, explica Giovanetti. “Paredes mais
claras refletem mais luz, enquanto as mais escuras refletem menos. Por
isso, ambientes com cores mais escuras tendem a precisar de mais
lâmpadas para compensar a falta de absorção.” |
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Layout: para definir onde serão dispostos os
pontos de luz, é preciso saber primeiramente onde se encontram os
móveis, ou seja, o layout de ambientação. É esse planejamento que
permite, por exemplo, a instalação de uma iluminação decorativa,
que privilegiará com mais ou menos luz em cada cantinho. “Em um espaço
de home office, o ideal é usar sempre iluminação decorativa, pois
confere mais aconchego”, aconselha o consultor de iluminação da Sylvania
Iluminação. |
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Iluminação natural: em alguns casos, opta-se pelo uso
de luz natural – o que, em termos de economia e sustentabilidade, é até
mesmo preferível. Mas é preciso equilibrar a luminosidade que vem de
fora com a artificial, de modo a alcançar a quantidade indicada para
ambientes de trabalho (500 lux). “Sugiro que seja utilizada a medição
por luxímetro [aparelho que mede a quantidade de iluminação em um
determinado local], pois cada região do país há luminosidades solares
diferentes. Ele fornecerá a quantidade de lux existente no ambiente em
diversas horas do dia e assim poderá ser determinado o tipo de
iluminação artificial”, recomenda Vanessa.
Para home offices, o que Giovanetti aconselha é aproveitar ao máximo o
sol. “Existem sistemas que fazem a medição por meio de sensores da luz
natural e automaticamente regulam a intensidade da lâmpada, para que ela
apenas complemente a luminosidade”, conta. Trata-se de um sistema de
acionamento por presença ou tecla, em que fotocélulas medem a
intensidade do ambiente. “Essa fotocélula manda informação para uma
central, que devolve a informação para o reator da lâmpada, diminuindo
sua intensidade”, completa. Para que funcione corretamente, esse reator
deve ser dimerizável, ou seja, que permitem regular o facho de luz (ao
contrário dos regulares, que apenas acendem ou apagam).
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