sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sem medo de colorir

Cores fortes mudam o humor de uma casa e marcam o seu jeito na decoração. Confira algumas dicas para acertar a dose.

Nesta sala, o arquiteto Maurício Arruda criou um fundo neutro para brincar com a saturação das cores nos móveis. O chão de madeira, a parede cinza e o sofá bege acomodam bem e aumentam o destaque da poltrona azul e do cinzeiro vermelho.

O arquiteto Maurício Arruda sugere equilibrar o fundo e a frente dos projetos, como neste ambiente: a parede cheia de cores é compensada pelo armário de madeira e a mesa preta.

O colorido é dado pelo armário de fórmica azul brilhante, enquanto a cabeceira de madeira e as paredes bege-acinzentadas são mais discretas. Quarto decorado pelo arquiteto Maurício Arruda.

Quanto mais quentes são as cores, melhor elas funcionam em peças de acabamento polido e brilhante. Como nas mesas coloridas desta sala, decorada por Maurício Arruda.

O que era uma edícula virou o escritório da arquiteta Carolina Neuding. As cores são as do pássaro símbolo do escritório.

O azul que tingiu a parede do jardim da arquiteta Carolina Neuding foi escolhido por trazer as sensações de amplitude e tranquilidade. Também marca o espaço, que é pequeno.

A estante de MDF e laca amarela domina o ambiente neste projeto da arquiteta Cláudia Pecego. Era desejo dos donos da casa ter móveis de cores fortes na decoração.

Na cozinha da mesma casa, Cláudia Pecego sugeriu a colocação deste balcão de fórmica vermelha brilhante. Os armários de madeira mantêm a harmonia do ambiente e o destaque do móvel colorido.

Em uma casa onde o branco dominava nas paredes e em alguns móveis, a arquiteta Cláudia Pecego sugeriu ousar na decoração do lavabo, e, junto com seus clientes, escolheu este papel de parede supercolorido.

O pedido da moradora, que queria cores fortes e flores, orientou as arquitetas Carmen Zaccaro e Marise Kessel. O tecido floral e vermelho tem desenho leve, e seus tons são compensados pelo branco das paredes e da marcenaria.

Neste quarto projetado pelas arquitetas Carmen Zaccaro e Marise Kessel, o verde e o rosa dos móveis combinam com o enxoval da cama. A madeira do criado-mudo e da cabeceira faz um contraponto às cores fortes.

Em outras casas parece perfeito. Mas quando você pensa em colorir as paredes de seu próprio imóvel e comprar uma poltrona azul-turquesa, vem o medo de errar – a ideia parece ousada demais. Mas, para vários arquitetos, errado é o medo de colorir. E, para ajudar nesse processo, eles dão algumas dicas para você encher a casa de vida e personalidade.

O primeiro conselho é: “Não há regras”, diz Carolina Neuding, arquiteta de São Paulo. O modo de usar as cores varia de acordo com o seu gosto e com o estilo dos profissionais que cuidam dos interiores. Em pequenas áreas, ou cobrindo o chão, a cor pode ampliar e definir ambientes. E talvez seja o elemento que falta para deixar a casa com o seu jeito. “Cor tem a ver com identidade”, completa o arquiteto Maurício Arruda.

Se você prefere fazer primeiro um teste em um único cômodo, pode começar com os locais que não sejam de permanência prolongada, como o hall social, o lavabo, o corredor ou a sala de jantar. “São lugares mais fáceis de colorir”, aconselha a arquiteta Cláudia Pecego, de São Paulo.

Mesmo nos quartos, onde algumas pessoas optam por ousar menos, não é preciso se entregar ao branco. Arruda dá como opção o uso de tons um pouco dessaturados, misturados com cinza. “Ao invés de usar só a tinta roxa, você a mistura com cinza e obtém um ‘berinjela’, por exemplo. O azul-turquesa também: combinado com o cinza, vira um azul acinzentado, lavado”, explica.

Para preparar seus projetos, ele costuma elaborar um esquema cromático, definindo a composição de cores que pretende usar. A partir da observação do ambiente, decide a com o cliente a distribuição de cada cor no espaço. Assim, vai equilibrando tons marcantes com outros neutros. Normalmente, busca equilíbrio e compensações entre “frente e fundo”: “Para móveis mais neutros, paredes coloridas. Para móveis coloridos, paredes mais neutras”, diz.

Quanto mais neutra for a base (paredes, chão e teto), mais à vontade você estará para trabalhar com as cores no ambiente, colocando uma mesa de centro amarela, por exemplo.

O branco é um caso um pouco à parte. Por irradiarem luz, paredes brancas com móveis coloridos às vezes geram uma cominação cansativa, excessivamente contrastante, avalia Arruda. Uma opção é pintar as paredes ou o chão de cinza escuro. Substituir o branco pelo bege deixar a concentração de luz nos móveis coloridos. “O neutro segura as cores saturadas”, diz o arquiteto.

De qualquer modo, antes de pegar o pincel e pintar as paredes, faça provas de cor, pintando pedaços da parede que você pretende deixar mais colorida. É importante fazer o teste no próprio local, ressalta Carolina Neuding, pois a iluminação do ambiente pode alterar o tom da cor que aparece na cartela da loja.

E pintar paredes pode ser a opção mais fácil para quem quer se arriscar no campo das tintas. Em alguns anos, se sua vontade mudar e você quiser trocar os tons do ambiente, é mais fácil pintar a parede outra vez do que trocar um grande móvel.


Fonte: Morar do Seu Jeito

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